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<aside> ⚠️ AVISO: Os textos a seguir podem conter linguagem imprópria, alusão a violência e descrições de ações perigosas. A Autora não incentiva que nada do que está escrito seja praticado no mundo real. Recomendado para maiores de 18 anos

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🎙️ PLAYLIST

https://open.spotify.com/playlist/2ssJmtgEXWozPRLSJiuHKw?si=696ab53185c54472

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Esta página é dedicada a personagem Margarida Cruz, em sua participação no universo ficcional da campanha de RPG Belém das Trevas (Acesse Aqui), do sistema Vampiro a Máscara Quinta Edição.

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<aside> 🔥 AVISO: #HOT O texto a seguir descrições de ato sexual. Inadequado para crianças ou pessoas sensíveis. Recomendado para maiores de 18 anos

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https://youtu.be/YR1ufzzlaEo?si=M7yGrtv5rop3M221

O espaço que dividiam, era montado no coração de um ônibus de viagem, uma mistura de camarim, quarto e sala de estar. Não havia janelas, toda iluminação era projetada para criar um ambiente propício à sua função de superar a noite. Naquele momento, apenas luzes indiretas estavam acesas, projetando reflexos difusos no grande espelho sobre uma bancada curta do outro lado do ambiente. O ar gerado mecanicamente era frio, mas fresco. Cada detalhe continha um traço da personalidade de quem o ocupava. Fotografias de paisagens amazônicas, um jarro alto sobre uma mesinha de canto em que flores frescas que repousavam, margaridas coloridas, junto a um caderno grosso fechado com elástico e um fone de ouvido do tipo que cobria toda a orelha. O chão era escuro, acarpetado, mais uma barreira física que isolava completamente o lado de dentro do mundo lá fora.

Infelizmente, apesar da segurança de seu refúgio, a mulher sentada no sofá largo, que se projetava da parede, derramava uma lágrima rubra, pelas violências que o mundo externo lhe havia infringido.

Sentado à sua frente, numa cadeira retirada da bancada, Joe, respondendo a uma pergunta dolorosa feita pela moça, observa sua lágrima e continua sua fala.

— Nunca menti para você, Rida, não seria hoje que aconteceria. Realmente sou aliado de pessoas radicais, mas se eu transformar todo mundo que discorda de mim em inimigo, nós nem estaríamos aqui agora.

O homem pondera enquanto diz, mais suave, porém muito sério.

— Realmente pode chegar o dia que terei que escolher e não será fácil, mas lhe prometo que farei o que puder para que quando esse dia chegar, eu possa ajudar a tornar nossa sociedade melhor.

Então ele dá um pequeno sorriso e fala de forma firme.

— Rida. Este dia não é hoje então seguiremos juntos!

Margarida limpa o sangue que vertia de um dos olhos com as costas da mão livre. A lágrima grossa, que carregava toda sua tristeza. O dorso da mão dela fica manchado de vermelho, junto com parte de sua bochecha. Enquanto fitava o rapaz, respondeu num tom profundo e comprometido.

— Juntos. Na mesma margem.

Suas palavras foram acompanhadas de um toque gentil dele, que segurava, com as duas mãos a mão direita dela. A moça lhe deu um sorriso singelo e suspirou, mesmo não precisando respirar. Então como que atraídos pela seriedade daquele momento, ambos se aproximaram, os olhares se fundindo até seus lábios se tocarem, selando aquele compromisso poderoso. Uma promessa, um desejo, uma esperança do agora.

A sensação de conexão varreu as angústias daquela noite, enquanto o beijo se tornava mais e mais intenso. Talvez o cheiro residual do sangue estivesse atuando ou apenas a paixão intensa que ambos nutriam um pelo outro, conduzisse cada toque, afago e descoberta. Joe sentiu parte do peso que carregava em seu peito diminuir. Não poderia quebrar sua promessa com a Torre, mas ao menos naquele momento, ele havia dito o que podia e ela estava ali, com ele, mesmo após tudo que havia perdido. E ele a desejava ainda mais por isso.

Rida tinha consciência de que o cheiro poderia despertar mais do que eles estavam prontos para lidar. No entanto, estava cansada de manter o controle. Não nesta noite. Ela usou a mão livre, manchada de vermelho, e segurou a nuca do rapaz, deixando seus dedos sentirem o cabelo escuro e macio. Em pouco tempo sua outra mão, deixou o afago gentil das dele e segurou a  gola da camisa polo de Joe puxando-o para mais perto.

“Eu quero você!”

Era o pensamento latejando em sua mente inquieta. E como se ele a ouvisse, o vampiro se aproximou mais, se entregando aqueles lábios mornos e vivos. Margarida tinha um sabor quente e intenso. Era difícil para o rapaz se lembrar, quando estavam tão perto, que ela também era um predador noturno. As verdades trocadas entre eles haviam liberado uma fome pela proximidade e toque. As mãos de Joe percorreram as costas dela, captando seu calor e cada arrepio. Ela reagia e ele a seguia, num ritmo guiado pelo desejo.

Com o rapaz mais perto dela, Rida, habilmente retirou os óculos dele, que não ofereceu resistência. As carícias que ele estava fazendo estimulavam sua pele, como rastros de fogo, incitando um incêndio a cada toque. Ela adorava o que ele fazia e como ele fazia, mas naquele momento, sua mente gritava por mais e ela precisava distrair seus impulsos de morder os lábios dele, com suas presas. Então buscou retirar a camisa do rapaz, suas mãos aproveitando e sentindo a pele dele sob o tecido. A presença de Joe era viciante para a Toreador, e ali, sozinhos, ela entendeu quanta saudade estava carregando. Completar a tarefa não foi difícil, apesar de terem que interromper o beijo e ele parar de acariciar as costas dela.

Enquanto se olhavam e a camisa era jogada no chão, ele refletia as mesmas necessidades dela. Não precisavam de palavras, ela estendeu a mão e trouxe para o sofá, sentando-se sobre ele e admirando o homem que amava. Ele então tocou o rosto de Margarida com as duas mãos e a trouxe para um beijo mais profundo, sentindo o corpo dela sobre o seu, se encaixando de forma natural. Aquele perfume residual do sangue dela, atiçava ambas as Bestas, criando ainda mais urgência. No fundo da mente do feiticeiro, ele argumentou que deveria ter limpado aquilo com sua arte, mas Margarida não lhe dera tempo e as necessidades de ambos por aquela intimidade compartilhada não aceitaria prudência. Perdido no gosto de seus lábios e no movimento de suas línguas, todas as preocupações se dissolveram.

A moça interrompeu aquele fluxo de desejo, com um olhar carregado de malícia…

— Regras são regras, Xerife. — O apelido saiu natural de seus lábios, um codinome que tomou outro significado, após aquela noite. Joe sentiu, e compreendeu que ela o aceitava de formas mais profundas, mesmo sem total compreensão. — Roupas são absolutamente opcionais entre nós. Então… Você pode me ajudar com isso aqui?

O Tremere sorriu, enquanto teve o “dever” de deslizar seus dedos pelo tronco de sua amada levantando a camiseta delicada que ela vestia e revelando os seios sardentos que o fascinaram desde a primeira vez. Livre, Rida passeou com seus dedos pelo peito e barriga do rapaz, aproveitando o olhar dele de desejo e convidando para mais que observar. Uma mensagem que ele entendeu imediatamente, tocando e acariciando os mamilos dela. O efeito era ainda mais prazeroso, a jovem vampira arqueou o tronco, jogando a cabeça para trás e fechando os olhos, emitindo um gemido musical.

“Como ele faz isso?”

Parte de sua mente gritava. Sempre que se encontravam, Joe a tocava com tal delicadeza e controle, que inflamavam cada parte dela. Mãos firmes, hábeis, curiosas e gentis. Ele não se apressava ou se intimidava com a visão da nudez dela. Parecia enxergar e sentir, além do que outros amantes já foram capazes. Quem quer que aquele homem fosse, tinha revelado um lado seu, ao qual ela se entregava com satisfação. Perdida naquele toque mordeu o próprio lábio para não gritar, quando sentiu o roçar dos dentes dele em um dos seios. Estava pronta a implorar para que ele mordesse, mas não podia. Gemeu ainda mais alto, deslizando as próprias mãos nos cabelos dele.

— Você quer que eu pare?

Joe falou, levemente ofegante. Seus olhares se cruzaram quando ela respondeu.

— Eu… Quero… Você… — Ela se esforçou para não exibir as presas, nem mergulhar no pescoço dele, desejando sentir o mesmo no próprio.

— Como desejar…

A voz dele preenchendo o espaço do silêncio carregado de fome… Não, luxúria, que ela exibia. Eles se entregaram a mais toques, enquanto as mãos de Margarida deslizavam pelas costas dele, quase arranhando. Tomavam muito cuidado para não passar dos limites, que haviam imposto um ao outro. Mesmo assim, havia intensidade em cada gesto. As poucas peças de roupa que restavam, foram retiradas sem qualquer atenção, eles provocavam, mordiam, lambiam, beijavam, numa dança sincronizada pela paixão.

Joe podia sentir através do calor da pele dela, o quanto ela desejava sua companhia. Margarida estava entregue, não à paixão, mas a ele. Seus gemidos tinham um efeito diferente, hipnótico,  como um mantra que ele memorizava. Cada encontro com ela tinha essa transparência verdadeira. Ela se doava naquele momento e, levado pelo mesmo sentimento, o Tremere experimentava na não-vida, emoções que sua mortalidade não lhe havia oferecido. Enquanto estava com ela, sentia-se novamente vivo.

— Vem! — Margarida estava sob o corpo dele, seus cabelos espalhados sobre o sofá, entre as almofadas, a pele morena brilhava e reagia como se ainda fosse completamente humana. O convite era carregado de uma urgência compartilhada. — Mergulha em mim.

A bela mulher em seus braços o convidava a uma união completa. Ele a encarou, anseios e medos esquecidos, apenas amor e entrega. Encaixou seu corpo ao dela, sentia cada centímetro de seu prazer compartilhado. Ela estremeceu e gemeu mais alto, e logo ambos dançavam no ritmo de seu próprio desejo… Pelo tempo que quisessem… Até o sol nascer.


Personagens, fatos e cenas são ficção!

Texto e Manipulação: @evelling Belém Noturna @belemdastrevas Joe Costa Tremere - personagem de @capelarubidesangue

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